Violência no CRAS de Taguatinga: servidores e usuários expostos por falta de estrutura e segurança adequada

Foto: facebook.com/sindsasc

Na manhã desta segunda-feira (17/06), o CRAS de Taguatinga foi palco de mais um episódio grave envolvendo falta de segurança dentro da unidade, gerando preocupação entre servidores e usuários do serviço público. O caso reforça a fragilidade estrutural e a ausência de políticas efetivas de proteção aos profissionais que atuam na assistência social.


Tudo começou quando um usuário, após ser orientado pelo vigilante a utilizar o banheiro destinado ao público, reagiu de forma violenta e empurrou o profissional de segurança, iniciando uma briga dentro do próprio CRAS. A situação só foi controlada com a intervenção de outros servidores.


Ainda segundo relatos, ao sair da unidade, o homem ameaçou retornar armado com uma faca, aumentando ainda mais o clima de insegurança entre os presentes. Diante disso, e como medida de precaução, a Polícia Militar foi acionada e os portões do local tiveram que ser fechados temporariamente para garantir a segurança dos funcionários e das pessoas que estavam no prédio .


Estrutura precária e descaso há anos


Servidores relataram que a unidade conta com apenas um vigilante para garantir a segurança de todos os presentes, o que é considerado insuficiente diante da rotina de atendimento em locais que lidam com situações de alta vulnerabilidade social e emocional . Além disso, não há qualquer tipo de barreira física ou proteção no balcão de atendimento, deixando os trabalhadores e os cidadãos que buscam apoio totalmente expostos a possíveis agressões .


Durante a reforma recente realizada no CRAS, os próprios servidores solicitaram, em diversas ocasiões, a instalação de proteção mínima no balcão de atendimento, mas a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) negou as demandas, afirmando que isso seria uma forma de "prejulgamento" contra os usuários — posicionamento que tem sido amplamente criticado pelos profissionais que vivem diariamente os riscos do ambiente .


Servidores cobram medidas urgentes


A indignação também se espalhou nas redes sociais. Na página oficial do Sindsasc (Sindicato dos Servidores da Assistência Social do DF), os trabalhadores reforçaram a necessidade urgente de que a SEDES elabore e implemente um Plano de Segurança voltado às unidades de assistência social. “É preciso cuidar de quem cuida”, destacaram.


A categoria alerta que, enquanto não forem tomadas medidas concretas, tanto os servidores quanto os usuários continuarão correndo riscos. “Já passa da hora de reconhecer que a falta de planejamento coloca vidas em perigo”, afirmou um dos servidores à reportagem.


O Fuçando acompanha o caso e seguirá cobrando respostas e ações da gestão pública para resolver essa situação crítica.


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