Parque Empresarial em Taguatinga gera debate entre moradores e empresários; projeto prevê 115 imóveis próximo ao Setor H Norte

Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília



O projeto do Parque Empresarial de Taguatinga, que prevê a construção de até 115 imóveis em uma área localizada entre o Setor M Norte, o Instituto Federal de Brasília (IFB) e o Setor H Norte, tem gerado diversas opiniões entre moradores, comerciantes e representantes do Governo do Distrito Federal (GDF). A iniciativa busca desenvolver economicamente a região com espaços para indústrias, comércios, escritórios e até residências, com expectativa de receber cerca de 3 mil pessoas por dia.


A proposta foi tema de uma audiência pública realizada no mês de maio no campus do IFB em Taguatinga, onde o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) apresentou o Relatório de Impacto de Vizinhança (RIVI), documento fundamental para a obtenção da licença ambiental. Segundo os técnicos do Ibram, o projeto é viável, pois está localizado em área urbana consolidada, plana e livre de Áreas de Preservação Permanente (APPs).


No entanto, durante o evento, surgiu um dos principais pontos de tensão: a preocupação com o impacto sobre o Setor H Norte, vizinho direto do futuro parque e conhecido pela alta concentração de oficinas mecânicas e comércios automotivos. Moradores locais e comerciantes temem que o novo empreendimento aumente ainda mais a pressão sobre uma região já considerada saturada, com escassez de espaço e problemas relacionados ao descarte irregular de resíduos e carcaças de veículos.


O presidente do Ibram, Rôney Nemer, destacou que a demanda por uma expansão comercial vem sendo levantada há anos pelos próprios empresários da região. “Há cinco anos, comerciantes do Setor H Norte me procuraram relatando que não têm mais espaço para crescer e sofrem com a falta de infraestrutura adequada”, afirmou ele durante a audiência pública.


Já a Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (Acit) defende que os lotes sejam destinados prioritariamente aos empresários já estabelecidos na região, como forma de valorizar quem já contribui com empregos locais. “Essa área deveria ser destinada prioritariamente aos comerciantes do Setor H Norte, que enfrentam dificuldades com a falta de espaço. O projeto precisa atender quem já gera emprego ali”, argumentou Edvaldo Brito, assessor de imprensa da Acit .


Área atualmente ocupada irregularmente


Atualmente, o terreno onde será construído o Parque Empresarial abriga pessoas em situação de rua e sofre com descarte ilegal de lixo . A área pertence à Terracap, responsável por definir a modalidade de venda dos lotes, que ainda não foi divulgada oficialmente.


O processo de licenciamento ambiental está em fase inicial, com análise da Licença Prévia, que avalia a viabilidade do projeto sob o ponto de vista ambiental. Caso aprovado, seguirá para as etapas seguintes: Licença de Instalação e Licença de Operação, que garantirão o início das obras e posterior funcionamento do empreendimento.


Durante todo esse período, moradores e representantes da sociedade civil podem apresentar sugestões e contribuições para melhorar o projeto e equilibrar os interesses econômicos com as necessidades da comunidade local.


Este tipo de discussão é essencial para promover um desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo. Enquanto isso, a população de Taguatinga segue dividida: uns enxergam oportunidade de crescimento e modernização, outros temem pelo aumento da pressão sobre uma região já sobrecarregada.


Vamos continuar acompanhando os desdobramentos do projeto e trazer notícias atualizadas sobre o futuro do Parque Empresarial em Taguatinga.


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